No passado dia 2 de Maio, a Nintendo registou, em território nipónico, uma patente com o sugestivo nome "Delta Emerald" mas só hoje a informação foi tornada pública. Ainda não se sabe se o nome se refere a um remake do terceiro jogo da trilogia hoenniana lançado no Japão em 2004 e no resto do mundo em 2005, para o Game Boy Advance, embora o nome não dê lugar a muitos equívocos. A ser verdade e tendo em conta o provável lançamento mundial, 2015 correesponde ao 10º aniversário do jogo original (Ocidente), o que poderá ser uma pista credível.
Consideremos, portanto, as hipóteses em cima da mesa.
A confirmar-se o terceiro jogo do remake da trilogia de Hoenn estamos perante uma inovação e, ao mesmo tempo, um regresso à tradição.
Inovação no sentido de nunca ter sido desenvolvido um remake de uma terceira versão (de uma trilogia em pleno). Os remakes da 1ª geração, FireRed e LeafGreen, foram lançados sem que um remake de Yellow os sucedesse (correram rumores de um remake da versão Blue quando do registo da patente WaterBlue). Da mesma forma, com o lançamento de HeartGold e SoulSilver, a versão Crystal não viu a luz do dia como remake standalone, sendo antes integrada, em termos de história, nas duas versões dos remakes da 2º geração na forma de eventos in-game.
Regresso à tradição precisamente pela renovação do conceito do terceiro jogo complementar, do qual Pokémon Platinum é, para já, o mais recente exemplo, a fechar a 4ª geração.
A 5ª geração foi expandida na forma de duas continuações de Black e White. Em termos práticos (entenda-se, de expansão concreta), o efeito é semelhante a uma terceira versão, no entanto não servem como um exemplo de ligação das histórias das versões anteriores, na medida que tanto Black 2 como White 2 funcionaram como versões "espelhadas", tal como Black e White imediatamente antes, cuja história foi desenvolvida como um "espelho" de duas realidades semelhantes mas paralelas (ou seja, que nunca se encontram). O "encontro narrativo" nunca foi consumado como geralmente acontece numa terceira versão. Hoenn (Emerald) e Sinnoh (Platinum) serão, provavelmente, o melhor exemplo.
Ainda na 5ª geração, a patente de Pokémon Gray foi registada mas a versão da qual Kyurem seria a mais que provável mascote lendária acabou por não ir além desse mesmo registo.
No entanto, e já que o assunto é uma hipotética terceira versão, há um tópico que permanece por esclarecer: a possibilidade das versões X e Y serem complementadas com a Versão Z após os remakes de Hoenn.
No nosso entender, é uma via previsível na medida em que a região de Kalos, tal qual se apresenta em X e Y aparenta estar incompleta, sobretudo a nível narrativo. O lançamento de um Pokémon Z seria, nesta óptica, uma complementação natural para uma geração que aparenta estar subaproveitada, quer a nível de história como, por exemplo, de Pokédex regional, além de que a própria região dá a sensação de ser muito mais pequena em comparação com as anteriores.
O hipotético lançamento de Delta Emerald coloca algumas 'reticências' relativamente à hipótese anterior, pois é de crer que, na lógica de lançamento de jogos e no aproveitamento das respectivas gerações, a Versão Z fique em causa, a não ser que a sexta geração seja "esmiuçada" até ao limite (possível?):
Assim, em vez da fórmula (aplicada na 4ª geração, a última que registou remakes):
[Nova geração: X&Y] + [Remakes: OR/AS] + [Nova geração (3º jogo): Z]
= [Diamond & Pearl + HeartGold/SoulSilver + Platinum]
(Não se aplica a ordem das datas de lançamento, apenas os títulos da geração)
...seria de esperar algo do género,
[Nova geração: X &Y] + [Remakes: OR/AS] + [Remake (3º jogo): DE (?)] + [Nova geração (3º jogo): Z]
Ou seja, "esticar" a geração para um novo recorde de seis jogos em vez de cinco.
Possibilidade? É esperar por um anúncio oficial.
Poderá a Versão Z sobreviver a um hipotético Delta Emerald?
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